A designer Juliana Dadalto apresentou ontem a coleção de
jóias Pranvere Soeta. Veja a seguir uma entrevista com essa talentosa artista, e também as fotos do lançamento da coleção:
Como você iniciou nesta área do
design?
Sempre
fui muito criativa, e encantada pela área do design. Mas na época do
vestibular, tempo de escolhas e decisões, não achei que o design fosse o melhor
caminho profissional. Cursei e me formei em arquitetura. Isso me proporcionou
muitos contatos com o mundo da arte. Viajei muito, morei fora, tive muitas
experiências. Foi muito bacana e válido por isso, mas mesmo assim, nunca me
senti confortável na área de arquitetura. Em 2009 resolvi ir atrás do meu
sonho. Foi o ano em que participei de um curso direcionado para empresas
familiares, e que foi muito motivador. A partir desse curso decidi
definitivamente iniciar uma nova caminhada. Após essa decisão, me matriculei em
um curso de design em Belo Horizonte. O curso foi mais voltado para o lado do
mercado de pedras preciosas, e foi de grande importância para o início do meu
trabalho.
Fale um pouco sobre a Florrih:
A Florrih
iniciou suas atividades em setembro de 2010. Este primeiro ano de trabalho foi
mais experimental, com a produção dos mais variados tipos de jóias. Hoje,
estamos direcionando mais para o mercado de luxo, que me proporciona muito mais
possibilidades enquanto designer e artista.
A
Florrih só faz jóia única, e isso vem a ser o nosso diferencial de mercado.
Tenho muita criatividade, e desse modo tenho muito mais liberdade para criar,
já que não tenho que me preocupar com quantidade determinada de pedras para um
modelo de peça, moldes, etc. Trabalhando dessa maneira, existe a liberdade de
poder fazer a jóia à mão, que é a maneira que traz o melhor resultado. Fora
isso, ninguém quer ver um modelo igual ao da sua jóia circulando por aí, não é?
Quais são as maiores fontes de
inspiração para o seu trabalho?
A
criação pode ser espontânea, simplesmente com anotações repentinas no papel. Em
outros casos surge de observações cotidianas, como uma flor ou uma paisagem por
exemplo. Sou muito contemplativa e reservada. Gosto de estar em família, não
sou adepta da badalação. Dessa forma, a cabeça está sempre boa e as idéias
aparecem com maior freqüência.
Procuro
estar antenada sobre o que acontece no mercado, isso é indispensável. Mas não
gosto de me inspirar muito no trabalho de outros designers, pois dessa forma
posso desenvolver mais e mais a minha identidade como artista.
Fale um pouco sobre a coleção:
A
coleção foi feita para o restaurante Soeta. Sou amiga da proprietária, e já
havia algum tempo que estávamos planejando isso. De alguns brainstormings e da
idéia do restaurante - sofisticado, despretensioso - pensei em jóias que
tivessem cores que pudessem remeter à culinária e ao restaurante. O nome da coleção, Pranvere, significa primavera no idioma albanês.
Outra preocupação minha ao fazer a coleção foi a de fazer com que as peças
remetessem ao frescor dessa estação. As peças dessa coleção foram trabalhadas
em pedras preciosas como ouro amarelo 18 kilates, quartzo, prasiolita, rubelita
e diamante.
Juliana Dadalto
Peças da coleção Pranvere Soeta
Brunela Breder
Outras criações
Fernando Rabello, Henrique Ottoni e Bia Menezes, Mayra
Rita de Cássia Maria, Juliana e Silvana Pedra
Chiquérrimas
Letícia e Fábio Ruschi