O ator Juliano Cazarré fez um desabafo em seu perfil no instagram falando
da sua dúvida de ficar ou não na rede social, na última terça. Fez várias ponderações e teve uma
repercussão gigante. Foram mais de 34 mil curtidas e 2.400 comentários até o momento desta postagem. Leia
sua reflexão:
Minha cara olhando os comentários do meu
último post. Os fiscais da máscara alheia. Os fiscais da fisioterapia alheia.
Os comentários que tentam transformar tudo em uma guerra de sexos, de cores,
de classes. Os que acham qualquer pretexto para posar de vítimas e arrotar
virtudes que julgam possuir. E eu penso:
- Vale a pena continuar aqui? Que vontade de desistir. Evitar estresse
desnecessário. Evitar desgostos e mal entendidos, acusações baratas e
acusações maldosas. Que vontade de ficar quieto com meus livros. De apenas
fazer meu trabalho e criar personagens para o divertimento do meu sempre
respeitável público.
Não, eu não me acho necessário, muito menos insubstituível. Sei que não
faria diferença encerrar a conta. O mundo seguiria seu curso implacável e eu
seria só mais na maioria silenciosa. Mais um na espiral do silêncio.
Mas a minha criação foi para a liberdade e a coragem. Os livros que leio me
incentivam a não me calar, mesmo com prejuízo pessoal. A liberdade é o valor
mais importante. A busca pela verdade é essencial. A Família precisa ser
defendida - nenhuma sociedade saudável se faz sem a família como pilar e
fudamento! Fé, Esperança e Caridade são virtudes que precisam ser
reensinadas. Mesmo que seja por alguém como eu, dono de uma fé pouca, de uma
esperança vacilante e de uma caridade tímida. Às vezes me sinto muito só,
como um Quixote sem Sancho a lutar contra os moinhos. Por outro lado, também
vejo cada vez mais, por aqui, gente defendendo esses valores em que acredito. E
a esperança respira novamente, mesmo com a máscara sufocante do politicamente
correto.
Então, eu decido ficar. Mais um dia. Mais um tempo. Porque, apesar da minha
insignificância, qualquer voz que conclame os homens a serem bons maridos e
bons pais, qualquer voz que clame por liberdade, qualquer voz que peça mais
união e menos divisão, nesse momento, é uma voz fundamental. Boa
terça-feira, galera.
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