BLOG DO LA - Famosos, glamurosos, sociedade e cultura por Luiz Alberto Barcellos: Desabafo do Juliano Cazarré

quinta-feira, 25 de junho de 2020

Desabafo do Juliano Cazarré


O ator Juliano Cazarré fez um desabafo em seu perfil no instagram falando da sua dúvida de ficar ou não na rede social, na última terça. Fez várias ponderações e teve uma repercussão gigante. Foram mais de 34 mil curtidas e 2.400 comentários até o momento desta postagem. Leia sua reflexão:

Minha cara olhando os comentários do meu último post. Os fiscais da máscara alheia. Os fiscais da fisioterapia alheia. Os comentários que tentam transformar tudo em uma guerra de sexos, de cores, de classes. Os que acham qualquer pretexto para posar de vítimas e arrotar virtudes que julgam possuir. E eu penso:

- Vale a pena continuar aqui? Que vontade de desistir. Evitar estresse desnecessário. Evitar desgostos e mal entendidos, acusações baratas e acusações maldosas. Que vontade de ficar quieto com meus livros. De apenas fazer meu trabalho e criar personagens para o divertimento do meu sempre respeitável público.


Não, eu não me acho necessário, muito menos insubstituível. Sei que não faria diferença encerrar a conta. O mundo seguiria seu curso implacável e eu seria só mais na maioria silenciosa. Mais um na espiral do silêncio.


Mas a minha criação foi para a liberdade e a coragem. Os livros que leio me incentivam a não me calar, mesmo com prejuízo pessoal. A liberdade é o valor mais importante. A busca pela verdade é essencial. A Família precisa ser defendida - nenhuma sociedade saudável se faz sem a família como pilar e fudamento! Fé, Esperança e Caridade são virtudes que precisam ser reensinadas. Mesmo que seja por alguém como eu, dono de uma fé pouca, de uma esperança vacilante e de uma caridade tímida. Às vezes me sinto muito só, como um Quixote sem Sancho a lutar contra os moinhos. Por outro lado, também vejo cada vez mais, por aqui, gente defendendo esses valores em que acredito. E a esperança respira novamente, mesmo com a máscara sufocante do politicamente correto.


Então, eu decido ficar. Mais um dia. Mais um tempo. Porque, apesar da minha insignificância, qualquer voz que conclame os homens a serem bons maridos e bons pais, qualquer voz que clame por liberdade, qualquer voz que peça mais união e menos divisão, nesse momento, é uma voz fundamental. Boa terça-feira, galera.

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