EU QUE SEMPRE FUI UM COLUNISTA DIFERENTE...

Me acho diferente porque vejo o colunismo social como algo de cunho social, no sentido literal da palavra. Acho que o termo social vem de sociedade, e sociedade pra mim, é um todo, não se resume apenas a ricos e famosos. Se assim fosse, chamaríamos então de sociedade o pequeno grupo de privilegiados. E os outros seres humanos, que nome teriam? O colunismo social hoje em dia tem que ser claro e objetivo. Falar sim, sobre ricos e famosos, mas falar também de uma sociedade que sofre com a saúde, com a educação, enfim, todas as batalhas diárias. Sem demagogia, porque não faço essa linha, acho que todos nós temos que fazer a nossa parte. Tenho pensado muito nisso ultimamente, e procurado usar o poder que a caneta me dá para ajudar os menos favorecidos. É uma tecla um tanto quanto batida, mas não custa nada lembrar que, fazer o bem sem olhar a quem é parte da nossa missão aqui na Terra. Acordei hoje pensando nisso, e pensando nos projetos que eu e a Revista PORTFOLIO temos para o próximo ano. Quero encerrar 2012 com a nossa pousada, onde abrigaremos crianças com câncer, vírus HIV e outras doenças ruins. Precisamos apenas de voluntários, e não de dinheiro. Doações materiais tipo tijolo, cama, lençóis, colchões, enfim... E mais um monte de coisa que uma casa precisa, para alcançarmos o nosso objetivo. Conto com quem quiser me ajudar. Aos 25 anos de colunismo, cheguei a conclusão que deveria ter feito isto há mais tempo. No entanto, também acho que nunca é tarde. Não posso me arrepender de absolutamente nada que não fiz, porque se quisesse, já o teria feito. Se faço agora, é porque essa é a hora. Não sou candidato a nada, nem me interesso por esse assunto. Quero apenas viver bem comigo mesmo, sabendo que ajudei ao próximo. Filosofei pra c... Mas era isso que eu estava a fim de fazer hoje. No final da tarde eu volto.